O solo apresenta uma mulher, Renata (que significa Renascida), que chega à sua casa e a encontra vazia/roubada. O texto cênico parte da súbita retirada da segurança material da personagem, que se confronta com o vazio existencial de sua alma e se depara com questões adversas que tratam do sistema capitalista de consumo, com sua memória, com o estado de coisificação ocial estabelecido pelo regime neoliberal que vivemos e que suscita nela o resgate de sua humanidade e de seus sentimentos para superação de um estado de luto/crise que ela se encontra.


Renata se encontra nos limiares da razão e loucura, e na encenação entra num processo de introspecção, levantando questionamentos íntimos que a levam além de seus móveis, objetos, seguros e notas fiscais. Desta maneira, toda concepção dos elementos do espetáculo (cenário, figurino, iluminação e trilha) apresentam uma “economia essencial” que pretende questionar/dialogar sobre “O SENTIDO E FINALIDADE DA VIDA”. O ator e suas possibilidades corporais, vocais e subjetivas é o gerador da poesia da cena no espaço vazio. A situação cênica gerada articula o fantástico à realidade e busca dobras de entendimento e sensações. Como os outros processos criativos do Território Sirius, este trabalho é fundamentado no ator performer, aqui atriz-performer Mariana Freire, que detona este espetáculo de caráter autoral, estabelecendo discussões e temas variados articulados à cena a partir de um teatro físico, potente em seus múltiplos questionamento, assuntos, poesias e emoções.

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Ficha Técnica 
Mariana Freire - Atuação, criação 
Fábio Vidal – Direção, criação 
Rino de Carvalho - Figurino 
Luciano Bahia - Trilha sonora
Tuca Gomes e Mariana Freire - Iluminação 
Tuca Gomes - Operação de Luz e cenotecnia 
Emerson Cabral - Operação de som e Produção